quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Os Homens que Odeiam Mulheres


Fui ver este filme a conselho de um colega que não parava de o gabar, a ele, ao autor e respectivos livros. Não me arrependi. É um dos melhores filmes que vi ultimamente.
Para começar o filme é Sueco, e em Sueco. O que, embora não permita perceber nada dos diálogos, é sempre uma variação refrescante ao Inglês do outro lado do Atlântico, e o Sueco, acho eu, tem uma certa musicalidade agradável ao ouvido. Por outro lado o filme tem uma qualidade de imagem que põe a milhas de distância todos os filmes que tenho visto nos últimos anos.
A história passa-se na Suécia contemporânea com duas personagens principais, um homem maduro e uma mulher jovem, do mais improvável que tenho visto. São "arrastados" com mestria para dentro da história onde os papéis normais de homem e mulher, na sociedade, são deliciosamente invertidos. O filme é um "thriller" emocionante sem recurso a CGI ou efeitos especiais, com dois antiheróis que batalham o filme todo contra dificuldades típicas de um comum mortal. E no fim o herói não fica com a menina, mas ela também não o deixa. Confuso? Claro. O próprio protagonista ficou. É um "thriller" humano, sobre muito do pior que tem a humanidade.
Gostei tanto que fui a correr comprar o livro, que agora estou a ler.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Cartão Viva Viagem.


Serei só eu que acha que este cartão é uma grande embuste?
De uma assentada as empresas de transportes de Lisboa livraram-se de um custo: a emissão de bilhetes. Passaram esse custo para quem viaja: o passageiro tem que pagar pelo menos um cartão para poder viajar (se usar mais de um meio de transporte precisa de mais cartões). E ainda tiram lucro da coisa: não acredito que um cartão Lisboa Viva custe os 50 cêntimos que temos de pagar por ele, provavelmente deve custar cerca de um décimo daquele valor. Para compor o ramalhete só falta acrescentar uma validade ao cartão, que obriga o utente a comprar pelo menos um por ano. É dinheiro em caixa.
Claro que tudo isto é politico correctamente disfarçado sob o manto largo do ambiente. Poupa-se papel!

Lisboa e os transportes

Hoje tive de ir buscar o meu carro à oficina, que fica na outra ponta de Lisboa em relação ao sítio onde trabalho.
Uma vez que vou sempre de autocarro para o trabalho, fui assim também para a oficina. planeei cerca de 45 minutos para o trajecto, mais 15 para tratar das formalidades, e mais 20 de volta. Devia chegar do almoço com cerca de 20 minutos de atraso.
Pois é. A verdade é que um trajecto que de carro, àquela hora, não dura mais de meia hora, de transportes públicos demorou uma hora e meia! E para piorar a coisa houve confusão e não pude trazer o carro. Resultado: mais hora e meia de volta. Acabei por chegar ao emprego às 4 da tarde!
Por estas é que é, de facto, muito melhor levar o carro para o trabalho.

sábado, 17 de outubro de 2009

Hino Rock 'n' Roll

Neste país há de tudo!
Nas minhas deambulações pela internet fui dar com uma petição que pretende substituir o hino nacional pela canção "Never gonna give you up" de Rick Astley.
Vejam em: http://www.peticao.com.pt/hino-rickroll

O melhor bolo de chocolate de Lisboa


Pois bem. Comprei a Time-Out há uns quinze dias e entre um ror de cupões vinha um que oferecia uma fatia daquele que eles consideram o melhor bolo de chocolate de Lisboa, na compra doutra.
Agarrei na mulher (uma fã inabalável de bolos de chocolate) e fiz-me à estrada, no domingo, em direcção ao café Vertigo, no Carmo, para provar uma fatia.
Lá chegando pedi uma fatia ao balcão, onde fui informado que, devido à afluência causada pela promoção da "Time-Out" o bolo estava esgotado e que o próximo demoraria cerca de 30 a 40 minutos. Portanto, fui passear pelo Chiado e voltei passados 30 minutos, tendo sido novamente informado que o bolo ainda não tinha ido para o forno e que demoraria cerca de duas horas!
Bem, eu gosto de bolo de chocolate, mas não tanto; portanto, voltei para casa.
Como estava com vontade de provar o dito, visto ser o melhor de Lisboa, na segunda-feira voltei à carga.
Foi uma decepção. Achei o bolo sensaborão, com uma textura mais parecida com pudim do que com bolo. Esta à espera de um bolo rico, húmido, porventura com um toque de licor e leve na boca. Para mim este é o bolo de chocolate perfeito, que busco como uma quimera.
Um ponto negativo para a "Time-Out", para além das execráveis críticas de restaurante. Este não é, nem por sombras, o melhor bolo de chocolate de Lisboa.

Euromilhões


Esta sexta-feira lá joguei outra vez no Euromilhões e, como de costume, não ganhei nada.
Não costumo jogar muito, talvez uma vez por mês, e sempre quando há jackpots da ordem dos 40 milhões; se for para ganhar que seja em grande.
Mas o que realmente aprecio é que no tempo que dura a ir do quiosque onde "meti o Aeromilhões", sempre logo a seguir ao almoço, até me sentar na cadeira no emprego, sou o homem mais rico do mundo. Ofereço jantares aos amigos em ilha paradisíacas, compro uma enorme casa e um soberbo iate, ofereço milhões à famelga para eles resolverem os seus problemas.
Pelo menos ainda conservo a capacidade de sonhar.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Maitê Proença em Portugal

A conversa hoje, na empresa, era o vídeo da Maitê Proença a, supostamente, dizer mal de Portugal.
Francamente vi o dito cujo e não achei nada de especial. Pareceu-me a Maitê de uma certa, sei-lá, leveza de espírito, futilidade chamemos-lhe. Não encontrei nada de especialmente insultuoso e até percebo que seja uma peça humorística, embora, confesso, não lhe tenha achado grande piada.
Acho que se fez uma tempestade num copo de água, e que se lhe deu uma relevância que nem ela, nem a peça, mereciam.
Enfim, é apanágio deste país as pessoas sentirem-se muito insultadas com coisas deste género, mas depois vão e votam em todos os aldrabões (alguns provados) que se candidatam às eleições. Não acham insultuoso que alguns políticos encham os bolsos à conta do erário público mas, valha-nos Deus, a Maitê Proença cuspiu num chafariz dos Jerónimos.
Julguem por vós próprios:

sábado, 10 de outubro de 2009

Por este rio acima


27 anos depois do lançamento já cá canta o melhor disco de sempre da música popular portuguesa.
Confesso que não gosto mesmo nada do epíteto popular, uma vez que põe esta música no mesmo patamar que músicos pimpa sem sombra de talento. Fausto, neste albúm, compõe uma obra grande em qualquer tipo de música.
Muito já foi dito e escrito sobre "Por Este Rio Acima", para mim o melhor é mesmo ouvi-lo; que é o que vou fazer de seguida.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Mérito e Sociedade?


Ontem passei os olhos pelo debate sobre Lisboa, principalmente para ver os candidatos "obscuros", daqueles partidos e movimentos pequenos que não têm lugar na comunicação social.
Estava, acima de tudo, interessado em ouvir o candidato do MMS, Movimento Mérito e Solidariedade, pois o nome escolhido para este movimento desde cedo me despertou a curiosidade. Isto porque a qualquer pessoa que, como eu, tenha trabalhado nalgumas empresas neste país, a palavra mérito faz imediatamente tocar campainhas. É verdade que o mérito é uma moda contemporânea, glorificada pelo liberalismo, que nos é impingida como panaceia para os males da nação. E não é que eu seja contra o mérito e a meritocracia, mas existe aqui uma nuance que aqueles que falam de mérito, em geral, não gostam de discutir: quem decide o que é o mérito e quem o tem.
O debate não me desiludiu. Às páginas tantas, sem razão aparente, o candidato do MMS fez uma birra e saiu de cena. Se foi golpe político, uma tentativa de ser falado nas comunicação social, saiu-lhe o tiro pela culatra pois, tirando eu, ninguém parece ter reparado nele. Assim pergunto: quem é que atribuiu a este cidadão o mérito para se candidatar à Câmara de Lisboa? Certamente alguém como aqueles que todos os dias, na maioria das empresas deste país, decidem quem são os trabalhadores com mérito, quem são os que merecem recompensas pelo seu desempenho: aqueles que fazem parte da pandilha, que são amigos do chefe, que dizem o que os outros querem ouvir, que aparentemente não constituem ameaça.
Fiquei esclarecido relativamente ao MMS.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Morre lentamente

Hoje, nas minhas deambulações pela internet, dei com um post num blogue que me fez lembrar um poema de Pablo Neruda:

Muere lentamente quien no viaja, quien no lee, quien no oye música/ quien no encuentra gracia en sí mismo/Muere lentamente quien destruye su amor propio, quien no se deja ayudar./Muere lentamente quien se transforma en esclavo del hábito repitiendo todos los días los mismos trayectos, quien no cambia de marca, no se atreve a cambiar el color de su vestimenta o bien no conversa con quien no conoce./Muere lentamente quien evita una pasión y su remolino de emociones, justamente éstas que regresanel brillo a los ojos y restauran los corazones destrozados./Muere lentamente quien no gira el volante cuando está infeliz con su trabajo, o su amor, quien no arriesga lo cierto ni lo incierto para ir atrás de un sueño quien no se permite, ni siquiera una vez en su vida, huir de los consejos sensatos......
¡ Vive hoy !
¡ Arriesga hoy !
¡Hazlo hoy !
¡ No te dejes morir lentamente !
¡ No te impidas ser feliz !