sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Há almoço de primos...

Primeiro há que explicar que, ao todo, somos 17 primos direitos. Juntar esta primalhada toda num dia é complicado, principalmente se atendermos ao facto que o mais velho tem 39 e o mais novo 12. No meio disto já existem, também, uma série de priminhos em 2º grau. Quando um de nós se atreve a propor uma data para o próximo almoço, as trocas de mails são infinitas, as datas mudam duas, a três vezes por semana e, no fim, quando tudo fica acertado, falta sempre mais de metade.
Mas faz-nos sentir vivos e parte da família!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Espírito de Lisboa

Parece que, de acordo com o Primeiro Ministro, África está imbuída do espírito de Lisboa.
Quererá isso dizer que vão aumentar os impostos por lá?

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

As lágrimas de Rui Costa

Aqui há uns anos, Rui Costa veio jogar à Luz pela Fiorentina, se não me engano, e ganhou o jogo, como lhe competia, e como profissional que era e é. Acabou também por chorar umas lágrimas por ter ganho ao Benfica, o seu “clube do coração”, como agora é hábito mencionar na gíria futebolística. Pois cá eu, que não tenho clube do coração, tenho, simplesmente, clube, não achei nem mal nem bem; se o rapaz quer chorar por marcar ao Benfica, que chore!
O problema, no meio disto tudo, é que a imprensa desportiva (devia chamar-se futebolística), resolveu que o Sporting também haveria de ter um jogador que chorasse quando lhe marcasse golos. Tentou-se o Figo mas este, ó desilusão, festejou um golo do Inter ao Sporting, estragando a festa a tantos comunicadores deste país que, certamente, se esqueceram das “tropelias” que Figo fez ainda em Alvalade, quando assinou pelo Benfica e, mais tarde, por dois clubes italianos. Facto que viria, inclusive, a causar a sua ida para Espanha, na altura um campeonato menor, enquanto Rui Costa foi jogar para a tão almejada Itália.
Falhado o Figo, pressionou-se o Cristiano Ronaldo. Este sim seria um filho legítimo de Alvalade e também ele choraria, como Rui Costa, para alimentar a voracidade dos tablóides. Talvez sentindo a pressão da imprensa, o jogador procurou corresponder ao que se esperava, e não festejou nenhum dos golos que marcou. Há que salientar a estoicidade deste artista da bola, apreciei o esforço que fez para não festejar os golos, principalmente o que lhe deu a vitória em Manchester.
Mas a coisa tornou-se moda, agora foi o Toñito que, não fosse o facto de ter pedido desculpas, a maior parte das pessoas que viram o Sporting x Leiria nem se lembrariam que tinha passado por Alvalade num passado “longínquo”. Embora acredite, sinceramente, que o desejo deste de voltar ao Sporting é genuíno.
Porque gastar tanta tinta sobre as lágrimas de uns e os festejos dos outros? É uma realidade actual, infelizmente, que os clubes portugueses não têm capacidade financeira para aguentar os seus melhores jogadores e que estes, com mais ou menos lágrimas, ou mais ou menos festejos, vão lá para fora ganhar dinheiro assim que podem. Por isso, no fundo da nossa portugalidade, como não ganhamos nada, como o futebol dos nosso clubes não nos entusiasma, como os estádios, que nos custaram tão caro, andam tão vazios, como nem a selecção, recheada de craques de nível internacional, joga um futebol decente, temos de inventar qualquer coisita para nos manter a chama acesa.