domingo, 31 de outubro de 2010

O problema de andar à chuva, é que um gajo molha-se!

Eu ando muito, dizem que é de família. O facto é que quase todos os dias vou a pé do emprego para casa. São um pouco mais de 6 km que faço em cerca de uma hora, numa versão curta do caminho, ou em cerca de 1:15h numa versão mais longa; conforme o que me apetece na altura.
Andar a pé é um bálsamo para a minha alma. Saio do emprego stressado e chego a casa cansado, mas calmo. Para além disto é um excelente exercício físico.
Mesmo quando chove arrisco-me a fazer o caminho, na esperança de escapar entre dois aguaceiros, o que em geral resulta; sou capaz de ter falhado a minha caminhada apenas quatro ou cinco vezes no último ano.
No entanto o problema não é a chuva; são as poças de água que se acumulam nos nossos excelentes alcatroados, sempre junto à berma, e que alguns automobilistas simpáticos fazem questão de pisar, alagando quem vai a passar no passeio naquela altura. Alguns, como os motoristas da Rodoviária de Lisboa na Alameda das Linhas de Torres, até parece que fazem de propósito, conduzindo tão perto do passeio que dir-se-iam malabaristas.
Mas eu sou teimoso. Molhas ou não, vou continuar a fazer as minhas caminhadas.

sábado, 30 de outubro de 2010

As diferenças entre os sexos

Estou aqui a ver o programa de magia na SIC. À pergunta do apresentador, pelas ruas de Leiria, sobre o que fariam aparecer se pudessem, as mulheres foram unânimes em dizer dinheiro (o rico dinheirinho). Já os homens parece que se inclinam mais para "umas gajas boas".

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

António Variações Estou além


Faço parte daqueles que te criticavam, preso a um medo do desconhecido tão característico deste nosso cantinho à beira-mar plantado. Não quis ouvir, não compreendi.
Faço aqui o meu "mea culpa" e rendo-te a minha homenagem, eu, que tantas vezes me sinto assim  mas não sou capaz de o exprimir por palavras como tu tão bem fizeste.

Estou além - António Variações
Não consigo dominar
Este estado de ansiedade
A pressa de chegar
P’ra não chegar tarde
Não sei de que é que eu fujo
Será desta solidão
Mas porque é que eu recuso
Quem quer dar-me a mão

Vou continuar a procurar a quem eu me quero dar
Porque até aqui eu só

Quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi
Porque eu só quero quem
Quem não conheci
Porque eu só quero quem
Quem eu nunca vi

Esta insatisfação
Não consigo compreender
Sempre esta sensação
Que estou a perder
Tenho pressa de sair
Quero sentir ao chegar
Vontade de partir
P’ra outro lugar

Vou continuar a procurar o meu mundo, o meu lugar
Porque até aqui eu só

Estou bem
Aonde não estou...

sábado, 9 de outubro de 2010

Salt

Li numa crítica que o papel principal deste filme estava destinado ao Tom Cruise, tendo à última hora sido oferecido a Angelina Jolie, o que, de acordo com o crítico, deu ao filme o que ele precisava par ser convicente; se o papel fosse desempenhado por Tom Cruise tido sido uma pastelada.
Bem, eu também prefiro ver a Angelina Jolie em vez do Tom Cruise, mesmo que já esteja a perder a frescura. Mas a verdade é que o Tom Cruise é um actor razoável e a Angelina Jolie deixa muito a desejar; as expressões são sempre as mesmas, o modo de interpretação também, podia ser o Mr. and Ms Smith, ou o Gia que não se notava a diferença.
Para além disto o filme é todo muito denunciado, a história não é, de todo, original (parece o Alta Traição, com o Kevin Costner, dos anos 80) e pouco emocionante.
Se calhar sou eu que já estou farto de ver filmes destes que acabam por ser muito parecidos mas, definitivamente, não recomendo.
É um filme com muita falta de "salt"

Consegui, consegui (Twilight)!

Tive de ler dois livros pelo meio mas consegui acabar esta coisa.
Até aceito que as constantes e enfadonhas referências à perfeição do vampiro principal entusiasmem o público feminino jovem. Que estas se identifiquem com a personagem principal na sua suposta mediania de aspecto, que encanta o rapaz mais lindo do mundo e arredores.
Mas para mim o livro foi um tédio. Só anima no fim, com ataque de um vampiro mauzão, para acabar logo depois.
Não fiquei com vontade nenhuma de ler o segundo.
Para me vingar, e limpar a mente, já comprei o terceiro da trilogia Milennium, do Stieg Larsson.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O'Gilins

Quem não conhece este bar irlandês no Cais do Sodré? Passei lá muitas noites na minha vida e tive alguns episódios rocambolescos naquelas casas-de-banho.
Uma vez, entrei para aliviar a bexiga, e a água no chão já tinha um dedo de altura. Dou de caras com um irlandês, grosso, que me diz:
- It's the Titanic, the water's 'commin' in!
De outra vez passei por um bêbedo, antes de entrar, que me grita:
- O meu pai morreu virgem!
Já tenho saudades daquelas noitadas.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Vivá República, pá!

Como é natural nesta altura do ano, envolvo-me em discussões mais ou menos acaloradas com os Monárquicos que conheço.
Eu, que até já fui monárquico antes de ser republicano convicto, acho que os argumentos dos monárquicos se resumem a uns poucos: A monarquia é mais barata que a república; os países mais desenvolvidos da Europa são monarquias; os rei é uma figura com a qual o povo se identifica. Não penso que haja muitos mais para além destes.
Em relação ao preço da monarquia penso que não deve ser assim tão diferente da república (vide o recente caso dos gastos da Rainha de Inglaterra) e ainda para mais com a propensão dos Portugueses, monárquicos ou republicanos, para os gastos excessivos, rapidamente concluímos que não é por aí que vamos ganhar com a mudança.
Já quanto à suposta superioridade dos países monárquicos sobre os republicanos penso ser um mito (bem) criado pelos monárquicos para sustentar a sua causa. Geralmente dão o exemplo dos países nórdicos como expoente da civilização e sendo, na sua maioria, monarquias, conclui-se a superioridade deste sistema. É verdade que o são, mas no meio deste clube também há a Finlândia, tão civilizada e desenvolvida como os seus vizinhos. E que dizer do eixo central, Alemanha, França e Inglaterra, as mais pujantes economias da Europa, e duas delas repúblicas. Descendo ao sul verificamos que os vizinhos latinos estão em grau muito semelhante de "incivilização", e também aqui há repúblicas e monarquias.
O povo identifica-se com o seu Rei! Mas será que se identifica mesmo? Falando por mim não me identifico nada, nem acho que ninguém seja o "símbolo vivo" da nação.
Não me arrogo, no entanto, à posse da verdade absoluta. E defendo que se a maioria do povo quiser uma monarquia, apesar de não concordar, acatarei a decisão (embora não tenha intenções de ir a nenhum beija-mão).
Parece-me, portanto, que o regime é mais uma questão de gosto do que propriamente de vantagens para o povo.
Quanto a mim, fico-me pela república, pá.