quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Vivá República, pá!

Como é natural nesta altura do ano, envolvo-me em discussões mais ou menos acaloradas com os Monárquicos que conheço.
Eu, que até já fui monárquico antes de ser republicano convicto, acho que os argumentos dos monárquicos se resumem a uns poucos: A monarquia é mais barata que a república; os países mais desenvolvidos da Europa são monarquias; os rei é uma figura com a qual o povo se identifica. Não penso que haja muitos mais para além destes.
Em relação ao preço da monarquia penso que não deve ser assim tão diferente da república (vide o recente caso dos gastos da Rainha de Inglaterra) e ainda para mais com a propensão dos Portugueses, monárquicos ou republicanos, para os gastos excessivos, rapidamente concluímos que não é por aí que vamos ganhar com a mudança.
Já quanto à suposta superioridade dos países monárquicos sobre os republicanos penso ser um mito (bem) criado pelos monárquicos para sustentar a sua causa. Geralmente dão o exemplo dos países nórdicos como expoente da civilização e sendo, na sua maioria, monarquias, conclui-se a superioridade deste sistema. É verdade que o são, mas no meio deste clube também há a Finlândia, tão civilizada e desenvolvida como os seus vizinhos. E que dizer do eixo central, Alemanha, França e Inglaterra, as mais pujantes economias da Europa, e duas delas repúblicas. Descendo ao sul verificamos que os vizinhos latinos estão em grau muito semelhante de "incivilização", e também aqui há repúblicas e monarquias.
O povo identifica-se com o seu Rei! Mas será que se identifica mesmo? Falando por mim não me identifico nada, nem acho que ninguém seja o "símbolo vivo" da nação.
Não me arrogo, no entanto, à posse da verdade absoluta. E defendo que se a maioria do povo quiser uma monarquia, apesar de não concordar, acatarei a decisão (embora não tenha intenções de ir a nenhum beija-mão).
Parece-me, portanto, que o regime é mais uma questão de gosto do que propriamente de vantagens para o povo.
Quanto a mim, fico-me pela república, pá.

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