domingo, 30 de janeiro de 2011

O amor, o amor

Em português não é fácil escrever sobre o amor sem a coisa ficar lamechas, e ainda menos se se trata duma cantiga. Mas o Sérgio Godinho faz com que coisa pareça fácil, e ainda acrescenta à música um metalofone para lhe dar uma sonoridade aérea, apaixonada.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Mal vestido, eu?

Hoje, o meu querido colega Johnny resolveu enviar-me, com conhecimento para toda a empresa, um e-mail a felicitar-me pela atribuição da minha nova função comercial.
Depois dos parabéns rematou o texto com uma frase do género: "e aproveita os saldos que acabam já neste fim-de-semana".
Está descansado Johnny que, apesar do que dizem as habituais línguas viperinas da empresa, eu sei o que tu querias dizer.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Colegas

Há tempos fui ao cinema ao Cinema City Classic em Alvalade onde já foi a Igreja Maná, e um outro cinema.
O filme que fui ver não era em "steady cam" portanto apanhei a enjoadela do costume. Aguentei cerca de uma hora de filme e tive de sair da sala.
Enquanto esperava por quem me acompanhou à sessão, apareceu-me um daqueles residentes do Júlio de Matos que normalmente por ali deambulam durante o dia antes do recolher.
O dito aproximou-se de mim e disparou:
- Ó colega, não me empresta 60 cêntimos para um cafezinho?
Fiquei desarmado com o "colega" e lá lhe paguei o café.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

A filha da Floribela

Corre por aí que a filha da Floribela se vai chamar Lyonce. Ainda bem que o rapaz é do Sporting, se fosse do Porto a criança tinha ficado Drangonce.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Anos 80

A propósito dos anos 80 significarem, para a geração jovem actual, mais ou menos o mesmo que os anos 60 significaram para a minha, dizia-me um amigo o outro dia que uma colega dele, jovem, lhe dizia que adorava os anos 80 e até tinha um "leitor de vinilos".

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Uma confissão: Gosto da Márcia

Porque já há algum tempo que uma música portuguesa não me entusiasmava tanto.
"Cabra-Cega", Márcia Santos, do Álbum "Dá"

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Sapatices

Conversa com o meu Pai:
- Hoje fui arranjar os meus sapatos.
- Ah sim?
- Pois, queria arranjar só um porque o outro até estava bom.
- Ó Pai, os sapatos têm de arranjar os dois ao mesmo tempo. Até acho esquisito que o sapateiro te tenha aceite só um para arranjar.
- Pois é, tive de ir de volta a casa para ir buscar o outro.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Macambúzios

Hoje o meu despertador (deve ser uma despertadora) teve um ataque dos dele e resolveu não tocar de manhã. Acordei uma hora mais tarde do que devia e, claro, apanhei um trânsito fenomenal.
Não habituado a sair tão tarde de casa fui-me entretendo a observar os restantes condutores, e peões, que se me atravessaram no caminho.
A maior parte das pessoas, para não dizer todas, ostentam logo pela manhã umas valentes trombas. Nem a música da rádio nem os, agora tão em voga, disparates berrados pelos animadores parecem animar esta gente.
É particularmente gratificante quando olhamos para o carro do lado e vemos uma moça, que até podia ser toda jeitosa, virar-nos uma cara que nos diz: "põe-te a milhas!"

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Porque nem só de imagens vive o cinema

Curiosamente, num filme com um tom geral cómico e leve, o momento melhor conseguido, na minha opinião, aquele que mais me marcou, é a parte negra e pesada do funeral. Sem música, sem imagens de grande pranto, tudo nos é transmitido pela simplicidade do poema "Funeral blues" de W. H. Auden e a leitura de John Hannah. Um grande momento de cinema:


De "Four Weddings and a funeral"
 

Stop all the clocks, cut off the telephone,
Prevent the dog from barking with a juicy bone,
Silence the pianos and with muffled drum
Bring out the coffin, let the mourners come.

Let aeroplanes circle moaning overhead
Scribbling on the sky the message He is Dead.
Put crepe bows round the white necks of the public doves,
Let the traffic policemen wear black cotton gloves.

He was my North, my South, my East and West,
My working week and my Sunday rest,
My noon, my midnight, my talk, my song;
I thought that love would last forever: I was wrong.

The stars are not wanted now; put out every one,
Pack up the moon and dismantle the sun,
Pour away the ocean and sweep up the woods;
For nothing now can ever come to any good.

Fresquinhas

Uns meses depois de ter ido para Peniche para trabalhar sentei-me numa explanada, que pertencia a uma pessoa que trabalhava para a mesma empresa que eu, para beber uma cerveja.
Depois das habituais e efusivas saudações que acontecem nas terras pequenas perguntou-me o que eu queria beber, ao que lhe respondi: "uma cerveja".
Para minha surpresa ele perguntou-me de seguida: "Fresca?".
Como pensei que estivesse a brincar comigo respondi-lhe: "E com gás!".
Estranhei a cara de espanto que ele fez, mas ele lá me trouxe a cerveja e eu bebi-a.
Mais tarde vim a perceber que fresca era "código" para cerveja em copo frio.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Bailaricos

Um amigo meu, boliviano, teve a mãe e uma tia cá em Portugal para uma visita.
Para passar o tempo as senhoras foram a um dos muitos bailes de terceira idade que há por essa Lisboa fora.
Uma delas dizia-me:
- Esses velhos são uns manhosos. Por fora já não conseguem nada (acho que o Viagra ainda não está muito difundido na Bolívia) mas dentro da cabeça ainda têm tudo. Cá a mim, se me tentam agarrar, eu enxoto-os logo!
Enquanto a outra dizia:
- Pois cá eu, se não me agarram eles, agarro-os eu!

sábado, 8 de janeiro de 2011

Das viagens

E lá voltei eu do Porto, depois dois cansativos dias de reuniões em que Sol esteve sempre eclipsado.
Como de costume a conduzir o Johnny. O Johnny é bom rapaz, mas um bocadito distraído, não consegue falar sem gesticular e sem olhar para o interlocutor. O que faz com que não raras vezes durante a viagem as duas mãos estejam fora do volante enquanto olha para o ocupante do lugar-do-morto, neste caso eu, e o carro se desvie da sua trajectória.
São sempre viagens emocionantes.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Ano novo vida velha

Porque a médica mandou, porque os anos pesam e porque o calendário Pirelli já mete homens, voltei hoje às minhas lides desportivas. Inscrevi-me num ginásio e já fiz a avaliação, nada de extraordinário a assinalar; uns quilitos a mais (tenho de emagrecer vinte), uma excelente performance nas flexões (duas e meia) e abdominais de fazer inveja a um jovem participante do "The Biggest Looser" (quase onze).
Vêmo-nos daqui a vinte quilos!