sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Zeca

Não me fazia as preferencias na infância, preferia o Sérgio Godinho. Comecei a dar-me mais com ele por causa de uma garota do Partido, de magníficos olhos azuis; a miúda foi-se, o Partido nunca entrou, o Zeca ficou.
É obra que alguém com conhecimentos de música praticamente nulos e sem a capacidade de tocar qualquer instrumento nos ter deixado o que deixou. No entanto, diz quem com ele privou, era dotado de um enorme ouvido, o que lhe permitia fazer música como poucos ou mesmo, na minha opinião, como nenhuns. Deixo aqui a minha homenagem, nos 25 anos da sua morte, aquele que considero o expoente maior da música popular portuguesa do séc XX, injustamente conotado politicamente. Uma melodia simples com umas violas, vozes e pouco mais, que resultam num quente ritmo africano, sem necessidade de recorrer a caixas de ritmo com síncopas forçadas.
Muito mais havia a dizer sobre a sua música, letras, voz e interpretação, mas o melhor é ouvi-lo.
Zeca: és sem dúvida um daqueles que "por obras valorosas se vão da lei da morte libertando".

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Whitney Houston

Tirado de: http://www.topnews.in/light/people/whitney-houston  
Prima de Dionne Warwick e afilhada de Aretha Franklin tinhas tudo para triunfar; e triunfaste. Nunca gostei da tua música, mas reconheço o excelentíssimo instrumento de que eras dona e, confesso, muito apreciava o teu visual.
Mais que tudo acho que foste vítima das consequências de uma vida para a qual ninguém está verdadeiramente preparado. Uns aguentam, outros não.
Apesar de não ser um fã fico com pena.

Trânsito

Esta é de minha autoria
Aqui nos meus novos domínios, há uma rua com os passeios de cada lado verdadeiramente estreitos. Tão estreitos que só passa uma pessoa de cada vez.
Normalmente ando pelo passeio que está ao contrário do trânsito para poder ver bem os carros que contra mim circulam.
Mas aqui há dias, para não ter que atravessar a rua, resolvi avançar pelo passeio que ia no sentido do trânsito e, no meio do caminho, cruzei-me com um "vizinho" de certa idade.
Ele olhou para mim, e lançou-me esta com ar resmungão:
- Você tem que ir pelo outro lado!
Ora toma que é para não ser preguiçoso. Daí em diante passei a usar o lado "certo" da rua.