quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Gralhas

Houve um "sketch", no saudoso Tal Canal, em que um escritor, se não me engano de nome Kalinka, esta a ser entrevistado àcerca do seu novo livro, de nome "A Selba".
Conversa vai, conversa vem, ficámos a saber que o nome do Livro, afinal, era "A Selva" e que "A Selba" era gralha!
Esta história, obviamente, era uma criação humorística, mas vem a propósito de uma gralha verdadeira.
Certa vez, na Feira do Livro, encontrei na banca dos Livros do Brasil, na colecção Argonauta, um livro da Autoria de Marion Vimmer Bradley. Perguntei ao lojista se aquilo estava correcto, porque eu conhecia uma escritora chamada Marion Zimmer Bradley. Ao que ele me disse que tinha razão, mas quando tinham dado pelo erro o livro já estava impresso e o custo da alteração era proibitivo, portanto ficou assim. Mas a verdade, disse também, é que eu era a primeira pessoa que tinha dado por isso.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

E vamos a 2011!

E pronto, já lá vai mais um. Este, confesso, não me correu lá muito bem. Espero que o próximo seja melhor.
De acordo com um amigo meu, versado nas coisas da astrologia, o ano que agora passa não era propício à mudança. Portanto que raio de ano fui eu escolher para uma das maiores mudanças da minha vida. Mas, de acordo com o mesmo o ano que aí vem vai ser o ano das grandes decisões e mudanças.
Assim sendo, desejo a todos grandes mudanças, grandes decisões e um grande 2011.
Feliz ano novo e boas entradas.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Fairytale of New York

Aqui deixo a melhor canção de Natal de todos os tempos. Gosto principalmente da passagem "Merry Christmas you arse, I pray God it's our last". Vale a pena rever a letra:


It was christmas eve babe
In the drunk tank
An old man said to me: won't see another one
And then they sang a song
The rare old mountain dew
I turned my face away and dreamed about you
Got on a lucky one
Came in eighteen to one
I´ve got a feeling
This year´s for me and you
So happy christmas
I love you baby
I can see a better time
When all our dreams come true.

They got cars big as bars
They got rivers of gold
But the wind goes right through you
It´s no place for the old
When you first took my hand on a cold christmas eve
You promised me broadway was waiting for me
You were handsome you were pretty
Queen of new york city when the band finished playing they yelled out for more
Sinatra was swinging all the drunks they were singing
We kissed on a corner
Then danced through the night.

And the boys from the NYPD choir were singing Galway Bay
And the bells were ringing out for christmas day.

You´re a bum you´re a punk
You´re an old slut on junk
Lying there almost dead on a drip in that bed
You scumbag you maggot
You cheap lousy faggot
Happy christmas your arse I pray god it´s our last.

And the boys of the NYPD choir's still singing Galway Bay
And the bells were ringing out
For christmas day.

I could have been someone
Well so could anyone
You took my dreams from me
When I first found you
I kept them with me babe
I put them with my own
Can´t make it out alone
I´ve built my dreams around you

And the boys of the NYPD choir's still singing Galway Bay
And the bells are ringing out
For christmas day.
 
Feliz Natal!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Eu queria era ter tempo de ir à discoteca

Hoje ao almoço a conversa foi dar à moda de sair depois do natal para dar um saltinho à "disco". Não é recente, diga-se, começou quando eu andava na faculdade, já lá vão uns anitos valentes, mas mesmo que quisesse não conseguia entrar nesta moda.
Cá por casa o Natal começa com a Missa do Galo que, com ida e vinda da igreja, faz com que nunca se esteja em casa antes da uma.
Depois segue-se a morosa abertura dos presentes, em que cada um, à vez, abre as prendas que lhe dizem respeito. Isto nunca acaba antes das quatro da manhã.
De seguida atacamos a mesa, onde não pode faltar chocolate quente e salsichas (sim, salsichas, a verdadeira tradição natalícia).
Acabado o repasto já não há tempo, nem disposição, se não para ir para casa. Mas não trocava a consoada por discoteca nenhuma deste mundo.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

As maravilhas do Facebok

Bendito Mark Zuckerberg que inventou o Facebook e assim permite a milhares de ociosos disfrutar de dias mais cheios.
De vez em quando publico umas bocas ao Benfica, o que faz exaltar um certo amigo benfiquista que lá tenho que, por sua vez, responde, fazendo exaltar um outro amigo, Sportinguista, que também lá tenho.
É um festival o dia todo, a ver cairem em catadupa no e-mail as notificações do Facebook, a dizer que um e outro respondem consecutivamente à minha publicação.
E é vê-los a guerrearem-se com palavras mais ou menos agressivas e insultuosas todo o santo dia.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Deolinda

Suburbanos antidepressivos, é como definiria os Deolinda. De facto, o que mais aprecio na música desta banda é o humor antidepressivo que propagam, entre imagens de paisagens suburbanas de Lisboa.
Já começam a dar que falar lá fora,, como se pode verificar aqui: http://entertainment.timesonline.co.uk/tol/arts_and_entertainment/music/live_reviews/article6450667.ece, e aqui: http://www.huffingtonpost.com/michal-shapiro/fun-with-fado-deolinda-pl_b_765318.html, por causa da maneira original como conjugam a música popular portuguesa (que para os estrangeiros é só e sempre fado) com outras referências como o Jazz ou o Samba.
Os deolinda matam dois coelhos de uma cajadada (deixa-me cá usar esta frase antes que se torne politicamente incorrecta) dão a volta à música popular com uma aproximação minimalista (duas violas e um contrabaixo) e cantam em Português.
Talvez seja esta a receita correcta para este país deprimido, a renovação do que temos com uma pitada de originalidade e um cunhozito pessoal, conquistando-nos primeiro a nós, e depois ao mundo.
Quanto a mim, sou fã incondicional dos agudos doces da Ana Bacalhau:

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Beijocas na multidão

Há muitos anos atrás, ainda eu era um jovem garboso, ia a subir a Av. das Forças Armadas, ao pé da Faculdade de Farmácia (sítio para se ter bons encontros, pelo menos na altura), e vem na direcção oposta uma moça, atraente, alourada, de rabo-de-cavalo (até me lembro disto...). Dirige-se a mim, com um sorriso, e espeta-me duas beijocas enquanto diz:
- Há que tempos que não te via.
E eu respondi:
- Não sei quem és, mas as tuas beijocas são sempre bem vindas.
A rapariga, se houvesse por ali um buraco, tinha-se enfiado nele.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Por trás de uma serra há sempre uma montanha

Aqui há uns tempos o meu amigo Chico tentou suicidar-se e fui chamado às tantas da manhã para ir em socorro do dito. Quando lá cheguei já lá estava a Polícia e, enquanto estávamos à espera do INEM, um dos dois guardas que tinham atendido à ocorrência, numa tentativa de levantar o moral do acidentado, proferiu a seguinte frase lapidar:
- Ó Sr. Chico, então o Sr. não sabe que por trás de uma serra há sempre uma montanha?
O pobre nem percebeu que tinha acabado de dizer que o pior ainda estava para vir, mas a frase ficou nos anais do nosso grupinho e é sempre empregue em jeito de "private joke", irónica, quando pretendemos animar alguém.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

domingo, 5 de dezembro de 2010

Harry Potter e os Talismãs da Morte

Achei este livro, de longe, o pior da série. A autora, de tanto querer criar um fim surpreendente, acabou por retorcer demais a história. E isto para não falar das centenas de páginas de palha de que, para dizer a verdade, não me lembro mesmo nada.
Daí que o filme tenha sido uma alegre surpresa.
Encontramos os três heróis da história já não como adolescentes inconsequentes, mas como jovens adultos. O realizador foi perfeitamente capaz, ao contrário de J. K. Rowling, de nos transmitir a sensação de responsabilidade e a solidão "Frodiana" que lhes pesa nos ombros. Até parece um filme de fantasia a sério.
Harry Potter e os Talismãs da Morte é um filme adulto, muito para além da simples história de crianças que é suposto ser. Para isso também contribui o bom desempenho dos três jovens actores, pelos quais, confesso, não punha as mãos no fogo. Se Ruper Grinth sempre me pareceu o melhor dos três, o único com estaleca para vir a ser um actor a sério, não me parece que possa vir a triunfar, por falta de "sex appeal". Notei, no entanto, uma melhoria significativa em Daniel Radcliffe, talvez o único dos três que pense a sério numa carreira de actor. E quanto a Emma Watson, que sempre me pareceu a mais fraca do trio, desenvolveu-se definitivamente, e aparenta, ao contrário dos outros dois, que vai ter beleza qb para as câmaras. Pode ser que se torne a grande vencedora de tudo isto.
Mais um filme a ver, sem dúvida.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O mundo moderno

Ouvida, o outro dia, algures em Lisboa:
Cheguei a casa dos meus pais e minha mãe estava a ver um programa na SIC Radical, um episódio sobre um clube de swing em Amsterdão, bué hard-core, com sexo explícito e tudo! Vai daí ela pergunta-me:
- O que é um minete?
E estás-me a ver, a mim, com quase quarenta a explicar à minha mãe, de 65, o que é um minete...