domingo, 5 de dezembro de 2010

Harry Potter e os Talismãs da Morte

Achei este livro, de longe, o pior da série. A autora, de tanto querer criar um fim surpreendente, acabou por retorcer demais a história. E isto para não falar das centenas de páginas de palha de que, para dizer a verdade, não me lembro mesmo nada.
Daí que o filme tenha sido uma alegre surpresa.
Encontramos os três heróis da história já não como adolescentes inconsequentes, mas como jovens adultos. O realizador foi perfeitamente capaz, ao contrário de J. K. Rowling, de nos transmitir a sensação de responsabilidade e a solidão "Frodiana" que lhes pesa nos ombros. Até parece um filme de fantasia a sério.
Harry Potter e os Talismãs da Morte é um filme adulto, muito para além da simples história de crianças que é suposto ser. Para isso também contribui o bom desempenho dos três jovens actores, pelos quais, confesso, não punha as mãos no fogo. Se Ruper Grinth sempre me pareceu o melhor dos três, o único com estaleca para vir a ser um actor a sério, não me parece que possa vir a triunfar, por falta de "sex appeal". Notei, no entanto, uma melhoria significativa em Daniel Radcliffe, talvez o único dos três que pense a sério numa carreira de actor. E quanto a Emma Watson, que sempre me pareceu a mais fraca do trio, desenvolveu-se definitivamente, e aparenta, ao contrário dos outros dois, que vai ter beleza qb para as câmaras. Pode ser que se torne a grande vencedora de tudo isto.
Mais um filme a ver, sem dúvida.

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