quinta-feira, 31 de março de 2011

Suecadas

Numa das reuniões que tive na Madeira estava a mesa cheia de gente e o meu colega, às páginas tantas, apresenta-me dizendo:
- Aqui o Henrique... - ao que foi interrompido por um dos participantes que perguntou?
- Como é que se chama?
- Henrique - respondi eu surpreendido.
- Ah, é que o meu cartão diz Conny Larsson. Até pensei que era sueco!
Pois, tinha-me enganado e dado o cartão de um colega sueco, que tinha ficado no meio dos meus por engano. Mas não me fui abaixo e respondi-lhe:
- É que eu vim há quinze dias da Suécia. Devo ter ficado com um ar "assuecado".

sábado, 26 de março de 2011

Imigrantes

O taxista que nos levou do hotel, em Estocolmo, para o aeroporto de Arlanda era curdo e tinha fugido do Iraque quando o Saddam bombardeou o povo dele com armas químicas.
Como imigrante tornado cidadão sueco o taxista gozava de todos os privilégios dos cidadãos locais: excelentes serviços médicos, bom salário, educação gratuita, etc. Claro que tudo isto não lhe chegava, e afirmou não gostar nada de viver em Estocolmo para além de, pasme-se, 80% (?!) dos suecos serem homosexuais - certo e de onde vêm os bebés? - e as mulheres por lá mudarem de marido de 2 em 2 anos.
Faz-me lembrar um certa cena de um certo filme:



Bem, e toca a fazer a mala mais uma vez, desta vez para a Madeira, onde não espero encontrar um taxista destes.

quinta-feira, 24 de março de 2011

O verdadeiro hooligan

Sou eu!
Certa vez, na bola, o meu rico clube falhou um golo daqueles de baliza aberta. Expressei o meu desagrado com um gesto energético e dramático no ar.
Tanto azar que a cabeça do meu vizinho da frente estava precisamente no fim da trajectória. O pobre senhor até viu estrelas. Passou o resto do jogo a coçar o "alto da tola" e eu envergonhado; depois, claro, de me desfazer em desculpas.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Vergonhaças

Como é que se explica a uma série machos mediterrâneos que as mulheres na Suécia não estão habituadas a que lhes invadam o "espaço". Que, pura e simplesmente, os homens lá do burgo não se metem com elas? Que as deixam trabalhar em paz e as respeitam como profissionais?
Pois é, não há como explicar, e passam-se umas vergonhas enquanto elas olham para nós como se fossemos de outro planeta, depois de ouvirem umas bocas.

domingo, 20 de março de 2011

Impressões Suecas

Cheguei à Suécia na altura mais feia do ano: o fim do Inverno. De dia uns amenos 3 ºC, positivos, de noite descia aos -4! Os dias estavam bonitos e soalheiros mas já não nevava há algum tempo e a chuva, pouca, ainda não tinha sido suficiente para limpar a paisagem.
O resultado disto eram lagos, muitos, completamente congelados e montes de neve por todo o lado, mas não suficientes para pôr tudo branco. Pelas beiras das estradas acumulavam-se montes de neve, sujos, e a vegetação estava toda queimada pelo gelo; verde nem vê-lo.
A Suécia é um país lindíssimo, tanto de verão como de inverno. Há água por todo o lado em milhares de lagos e uma densa florestação. De inverno fica tudo branco e cheio de neve; de verão é tudo verde e cheio de água.
Que pena ter-me calhado a altura feia...

quinta-feira, 17 de março de 2011

O fim da civilização?

Levantamos voo do Aeroporto de Lisboa às 9:30h da manhã para Copenhaga, na Dinamarca. Depois de um voo de três horas e de mais uma hora de espera apanhámos o comboio para Kalmar, Suécia. No comboio a primeira surpresa: os civilizados Suecos, afinal, não têm respeito nenhum pelos lugares marcados no comboio e foi necessário "espantá-los" dos lugares que deveriam ser nossos.
Durante a estadia por essas terras de viquingues a confirmação de uma experiência anterior na Suécia, e noutros países nórdicos: aquela gente dá-nos encontrões nas ruas e nas lojas, quando passa por nós, e nem pede desculpa; é como se toda a gente lhes devesse e ninguém lhes pagasse.
Nas ruas de Estocolmo outra surpresa: afinal o crescimento económico tem os seus custos para todos. A cidade tem um trânsito infernal, há bichas por todo o lado e, pasme-se, os Suecos entopem os cruzamentos de uma maneira muito latina.
Não tivesse eu começado a viagem pela pacata cidade de Kalmar e continuado pela pequena aldeia de Emmaboda, onde se situa a "nossa" fábrica, estaria neste momento a lamentar a perda da civilização da Suécia. Isso e os comentários do taxista que nos levou ao aeroporto de Arlanda, Estocolmo. Mas a isso volto mais tarde.

domingo, 13 de março de 2011

Rodrigo Leão

Fui ontem a Palmela, a convite da minha amiga TT, ver o concerto que o Rodrigo Leão deu no recentemente reformado Cineteatro São João.
A noite começou auspiciosa, com a excelente e famosa feijoada de Coelho do Terceira Geração, um dos meus restaurantes preferidos em Palmela onde, por sinal, também comeram o seu repasto o Rodrigo Leão e a sua Entourage.
O concerto foi excelente. A música do Rodrigo Leão varia de valsas a tangos em belas melodias, sempre muito bem interpretadas pelo grupo. Gostei especialmente de observar a enorme cumplicidade dos músicos, tudo gente muito nova na casa dos vinte-e-tais, trintas, que conseguiam passar para a plateia todo o entusiasmo que sentiam a tocar aquelas peças. Adorei os jogos entre o acordeão e o violino, entro o violino e a viola de arco e entre este último e o violoncelo; tudo tocado sempre com sorrisos nos lábios e trocas de olhares cúmplices.
Rematamos a noite com boa conversa num bar de Palmela, como há muito tempo não tinha, e que me despertou recordações de planos antigos que já tinha posto de lado. Talvez volte a ser tempo de os pôr em prática.
Agora toca a fazer a mala para ir para o frio da Suécia.

quinta-feira, 10 de março de 2011

O Discurso do Rei

Pois bem, um Óscar. Realmente. Mas os outros também não são lá grande coisa é verdade; A Rede Social, pfff.
Que o filme era previsível, já eu estava à espera. Que a história era banal, já eu sabia. Que o Colin Firth não consegue fazer outra cara, não me surpreende.
Já o que eu não esperava era que o Geoffrey Rush montasse um personagem género Alfaiate-do-Panamá-2 (e foi bem melhor nesse filme). Eu estava à espera que todo o filme rodasse à volta dele e que ele montasse um personagem absorvente. Mas não, surpreendeu-me, e o filme fica todo ele sensaborão e, atrevo-me a dizer, um bocado seca.
Só uma nota final para dizer bem da Helena Bonham Carter que faz um papelão e transmite uma enorme força de cada vez que entra em cena, tal e qual uma rainha de um rei gago deveria ser.

terça-feira, 8 de março de 2011

Carnavaladas

A malta em Peniche leva o carnaval muito a sério. Nos anos em que lá vivi a animação era grande, toda a gente andava mascarada de sexta a terça; alguns mal iam à cama.
Uma vez, um folião instalou uma cadeira de barbeiro no meio da rua e, vestido com uma bata, oferecia cortes de cabelo de borla.
O mais estranho é que, no meio de tanta bebedeira, houve mesmo uns quantos que se sentaram na cadeira, onde o suposto barbeiro, armado de uma máquina zero, lhes fez umas valentes peladas na cabeça.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Coscuvilhices

Conversa ouvida à hora de almoço na mesa ao lado:
— Traga-me uma cola zero, por favor. — diz a mulher mais nova.
— Cola zero não temos — responde o empregado — só se for cola normal.
— Também para que é que queres cola zero? — diz a mais velha — é para não engordar?
— Ora — responde a mais nova — a partir dos quarenta até respirar engorda!

quinta-feira, 3 de março de 2011

Cavalgada

A empresa onde trabalho organizou uma sessão de Team Building que, entre outras coisas, metia equitação.
Quando chegou à altura de trepar para o cavalo o monitor, vendo-me aflito, resolveu dar me uma ajuda e dirigir-me umas palavras de consolo:
Monitor: Quanto é que você pesa?
Eu: ""#$% [nº pornográfico]
Monitor: O XXXXXX [figura pública] pesa o mesmo e eu pu-lo em cima do cavalo. Também o consigo pôr a si!
Eu: ah, sim?
E depois veio a parte do consolo:
Monitor: Ele diz que pesa isso, mas pesa muito mais.
E de facto, lá me pus em cima do cavalo.

terça-feira, 1 de março de 2011

Sopradelas

Eu devo ser o campeão do balão. Na minha vida de automobilista já soprei mais de dez vezes, o que, comparando com amigos e familiares, é um verdadeiro record.
Na última quinta-feira à chegada a casa, vindo de um jantar com uma série de amigos que já não via há alguns anos, lá estava à minha espera um "auto-stop" da PSP. Até aqui nada de novo, até comecei a tirar os documentos antes do polícia chegar ao pé de mim. O que já não é habitual, e foi a primeira vez que o vi, era o granel que ia no meio da rua. Os polícias gritavam uns com os outros; o que me estava a "atender" pediu-me os documentos, meus e do carro, e desapareceu para voltar momentos depois e afinal já só queria os meus documentos. Enfim, uma confusão.
Observou os "papeis" e, como é da praxe, perguntou-me se tinha bebido alguma coisa, ao que eu respondi que tinha bebido uma cerveja. E lá fui eu soprar no malfadado aparelho.
Depois de tudo cumprido, com os polícias a atrapalharem-se e a resmungarem uns com os outros, já eu me dirigia para o meu carro quando o guarda me berra lá do fundo:
- Espere aí! Que idade é que você tem?
- 41 - respondi também com um berro, já a entrar no carro.
Ainda bem que não sou mulher...