quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Carlos Queiroz

As declarações de Soares Franco foram excessivas, também não vejo grande mal naquilo que Carlos Queiroz disse mas, ao contrário de alguns iluminados da nossa praça, não acredito que tenham sido devidas à má digestão da derrota do Sporting frente ao “Man-United”, mas sim, feitas depois do jogo precisamente para não trazer ao ambiente da partida a sobrecarga que certamente trariam, caso tivessem sido proferidas antes.
O que me custa a entender sobre Carlos Queiroz, é porquê fazer tábua rasa da imagem, que tinha em Portugal, de ser um “gentleman”? Porquê perder tempo a pensar para depois sair uma verborreia daquela qualidade?

Ah, Rui Santos, Rui Santos

É tal o ódio que destila pelo Sporting que eu chego a pensar que é Sportinguista.
Se chove, o tempo está como em Alvalade. Se faz sol, faz como nunca chega a fazer ao Sporting. Se o Porto perde e o Benfica empata, foi mau, mas não tão mal como o Sporting em Manchester e as declarações de Soares Franco àcerca de Carlos Queiroz...
E eu até acho que é dos poucos que metem o dedo na ferida - e como isso é preciso no futebol nacional, meu deus!
Enfim, é caso para dizer como os Americanos: “Get a life!”

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Já lá estamos, obrigado Felipão!

Não jogámos nada. Podíamos ter morto esta questão da qualificação no jogo com a Polónia, ou no jogo com a Sérvia, mas não matámos. Podíamos ter ganho o jogo de ontem para ficarmos mais descansados, mas não ganhámos. Podíamos ter ficado apurados para o Europeu mas, ..., ficámos! Pois é, é que eu ainda sou do tempo em que ficávamos sempre à porta, e com exibições de “encher o olho”. Em que qualquer qualificação, com craques ou sem craques, com este e com aquele seleccionador, com grupos mais ou menos fáceis, era sempre uma desilusão.
De facto, até ao Europeu de 82, nunca tinha visto a selecção em torneios daquele calibre e, depois da célebre vergonha de Saltillo, tivemos um jejum de mais de uma década. Foi preciso uma geração de jogadores verdadeiramente extraordinária para que começássemos a frequentar, com regularidade, as altas esferas do futebol mundial.
Para mim, mais importante que jogarmos bem e ganharmos sempre, é a presença contínua em fases finais. Até porque, sejamos francos, são raras as “grandes” selecções que fazem boas fases de apuramento. Isso é, em geral, apanágio dos “pequenos”.
Agora, na ressaca das saídas de Figo, Rui Costa e companhia, quando seria de pensar num regresso aos bons velhos tempos das vitórias morais, voltámos a conseguir; estamos lá.
Podemos não gostar do Felipão, eu confesso que não morro de amores por ele, mas a verdade é que devolveu a Selecção aos Portugueses. Contra tudo e todos e, principalmente, contra os poderes instalados, seguiu o seu rumo. Assim, paulatinamente, a Selecção deixou de estar a serviço de um clube, como esteve do Benfica até aos anos 80, e depois disso do Porto, e passou a existir, finalmente, como o “clube de todos nós”.
Obrigado Felipão, e parabéns.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Chuva a sério

Vieram as chuvas de Outono e, como habitual apesar de muito tarde este ano, com uma enorme pujança. Chuva farta, de gotas grossas, que torna as ruas em rios e faz um barulho tal que obriga ao aumento do volume do rádio do automóvel.
Àcerca disto, lembro-me, fui uma vez a Londres e fiquei hospedado numa espécie de Albergue da Juventude para escoteiros. Lá no albergue estive à conversa com a empregada que me arrumava o quarto que, por sinal, era filipina. A senhora quis saber de onde eu era, ao que respondi, prontamente, “Portugal”. Para meu espanto ela disse-me: “Já lá estive, não gostei, chove muito!”. A primeira reacção que tive foi responder: “O quê? Então a senhora vive em Inglaterra, capital da chuva, e está a dizer que em Portugal chove muito!?”. Mas a verdade é que ela tem razão. Aquela era a segunda vez que ia a Londres a ainda fui mais uma. Em todas estas visitas apanhei bastante chuva mas, a verdade, é que a chuva, em Inglaterra, nunca passa de uma cacimba muito forte, que é facilmente evitada com uma gabardina (conhecida como McIntosh por aquelas bandas) e um guarda-chuva. Ora, em Portugal, toda a gente sabe que se andar numa chuvada como a de ontem com uma gabardina e um guarda chuva fica, no mínimo, ensopado até ao joelhos.
Em termos de quantidade de água que cai do céu, a Inglaterra pode bater-nos aos pontos, mas em Portugal quando chove, é a sério!

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

A RTP e os Suecos

Este sábado, a RTP emitiu uma reportagem da Suécia em que louvava o sistema de apoio à maternidade, idosos e segurança social daquele país, ao mesmo tempo que fazia a comparação com Portugal e os seus sempre deficientes sistemas de (qualquer!) apoio. Já estive na Suécia, e conheci uma série de Suecos que, embora vejam Portugal como o 3º mundo (quase, quase como África) são, em geral, bastante simpáticos e acessíveis. Quem já esteve na Suécia sabe que, de facto, se respira uma atmosfera de país de 1º mundo.
Se se perguntar a algum sueco, se lhe custa pagar impostos, a resposta é imediatamente “Não”. Para qualquer Sueco que se preze os impostos são um bem, e repito, um bem extremamente necessário ao bom funcionamento da sociedade. Penso isto resume toda a diferença entre os dois países, pois qualquer Português que se preze acha que deve pagar o menos impostos possível e há, inclusive, uma larga parte que acha que burlar o estado é perfeitamente justificável, uma vez que somos tão mal servidos.
Penso que é necessária uma mudança de mentalidade. Aqui, como noutros casos, em vez de tentarmos escapar ao pagamento de um mau serviço, temos é de começar a exigir serviço de acordo com o pagamento.
É claro que na Suécia não passava pela cabeça de nenhum ministro, renovar a frota automóvel numa altura de aperto de cinto tão desagradável para os cidadãos. Apesar de não ser defensor das “chicotadas psicológicas” no governo – na minha opinião mudar de ministro nunca resolve nada – penso que neste caso se deveria abrir uma excepção, e despedi-lo por indecência e má figura.

Vamos a andar devagar rapaziada!

Como é costume com as primeiras chuvas, o trânsito fica caótico. Desde manhã até à hora do almoço já passei por quatro acidentes. Um deles, na saída da CREL para Queluz, foi mesmo à minha frente.
A malta esquece-se que a distância de travagem aumenta para o dobro e conduzem como se fosse ontem, com o piso seco. Basta dar distância de travagem ao carro que vai a seguir que há logo um energúmeno que salta da faixa ao lado para se pôr à nossa frente.
Depois batem e quem se lixa é o mexilhão.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Vícios

Comecei esta semana a jogar Travian (www.travian.pt) um jogo de estratégia on-line. Existem uma série de jogos online (gratuitos!) para todos os gostos, desde fantasia até ficção científica, passando pelo futebol e o crime. Já tentei jogar alguns mas, tirando o Hattrick, que jogo continuamente há algum tempo, não me fixei em nenhum. Isto porque jogar online exige sério empenho, uma vez que há jogadores que parece que passam os dias e as noites frente ao computador, tornando muito difícil a alguém como eu, que “apenas” consigo dedicar cerca de meia hora por dia a esta actividade, alcançar sucesso neste mundo competitivo.
Já o Hattrick é outra loiça. A verdade é que basta dedicar 30 a 60 minutos por semana, e consegue-se levar a cabo um jogo decente. É por esta razão que nunca deixei de o jogar, ao contrário dos outros.
Uma das coisas àcerca das quais me interrogo, neste assunto, é como é que isto sobrevive. É que jogos como o Hattrick e o Travian, existem em dezenas de línguas, algumas duplicadas como é o caso do Português (versão brasileira e portuguesa), e tudo isto, aparentemente, com mão-de-obra voluntária! E o que me espanta não é que haja gente pronta a oferecer trabalho à comunidade, o que me espanta é que essa gente tenha tempo para dedicar a essa actividade; é que eu não o tenho, nem para jogar!
Tiro-lhes, no entanto, o meu chapéu, pois já me proporcionaram inúmeras horas de divertimento desde os primórdios da net com os MUDs e quejandos, até aos mais recentes MMOGs.
Enfim, comecei agora o Travian, levado pelo meu primo. Vamos lá ver se desta é para ficar.