terça-feira, 20 de novembro de 2007

Chuva a sério

Vieram as chuvas de Outono e, como habitual apesar de muito tarde este ano, com uma enorme pujança. Chuva farta, de gotas grossas, que torna as ruas em rios e faz um barulho tal que obriga ao aumento do volume do rádio do automóvel.
Àcerca disto, lembro-me, fui uma vez a Londres e fiquei hospedado numa espécie de Albergue da Juventude para escoteiros. Lá no albergue estive à conversa com a empregada que me arrumava o quarto que, por sinal, era filipina. A senhora quis saber de onde eu era, ao que respondi, prontamente, “Portugal”. Para meu espanto ela disse-me: “Já lá estive, não gostei, chove muito!”. A primeira reacção que tive foi responder: “O quê? Então a senhora vive em Inglaterra, capital da chuva, e está a dizer que em Portugal chove muito!?”. Mas a verdade é que ela tem razão. Aquela era a segunda vez que ia a Londres a ainda fui mais uma. Em todas estas visitas apanhei bastante chuva mas, a verdade, é que a chuva, em Inglaterra, nunca passa de uma cacimba muito forte, que é facilmente evitada com uma gabardina (conhecida como McIntosh por aquelas bandas) e um guarda-chuva. Ora, em Portugal, toda a gente sabe que se andar numa chuvada como a de ontem com uma gabardina e um guarda chuva fica, no mínimo, ensopado até ao joelhos.
Em termos de quantidade de água que cai do céu, a Inglaterra pode bater-nos aos pontos, mas em Portugal quando chove, é a sério!

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