quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Motins, quais motins?

E está tudo dito:

http://www.bbc.co.uk/news/uk-14458424

Eu não tinha reparado mas afinal a coisa é uma festa.
Vamos dar cabo dos ricos, e por rico entenda-se qualquer pessoa que tenha bens materiais e/ou um negócio.
Este é o principal mal de haver muito miúdo sem nada para fazer, e pagar-lhes para não fazer nada não resolve a situação.
E agora?

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

As melhores universidades do mundo

De acordo com o Expresso:
http://aeiou.expressoemprego.pt/Carreiras.aspx?Id=121

Nenhuma universidade portuguesa figura entre as 200 melhores do mundo (!?).

Ouvi dizer esta semana que o governo quer incentivar a inovação...

Serei só eu que acha que ainda falta muito para chegarmos a algum lado? Quando é que vamos aprender que as casas não se constroem pelo tecto?

terça-feira, 26 de julho de 2011

Dá cá a mala pá!

Aterrei no Aeroporto de Lisboa, vindo de Luanda, pela 15:45h e dirigi-me ao tapete para esperar pela minha mala. Para grande espanto meu as malas começaram a ser descarreagadas exactamente na mesma altura em que lá cheguei.
Às páginas tantas apareceu a minha e tirei-a de lá. Pareceu-me um bom bocado mais pesada mas achei que era impressão minha. Agarrei nela e fui-me despedir dos companheiros de viagem.
Quando me dirigia para eles fui abordado por outro passageiro do vôo que me perguntou:
- Tem a certeza que essa mala é sua? É que eu tenho uma igualzinha.
Olhei melhor para mala e, claro, não era a minha.
Será influência de Angola?

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Inflacção à Angolana

Estava na caixa do restaurante buffet da FILDA, em Angola, para fazer o pré-pagamento e exprimi à menina da caixa o meu espanto por o almoço, que ainda no dia anterior me tinha custado 1900 kwanzas, ser agora 3500!
Respondeu-me com o sotaque cantado dos Angolanos:
- A feira começou hoje. Houve um pequeno aumento.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Assédio?

Estava eu calmamente a vestir-me, aqui no hotel em Luanda, quando me entra pelo quarto adentro a empregada da limpeza.
Lembrei-me logo do Strauss-Kahn e pensei: "Queres ver que é desta que vou preso?"

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Resultados dos exames "eram expectáveis" devido nível de exigência - Portugal - DN

Resultados dos exames "eram expectáveis" devido nível de exigência - Portugal - DN

Pois é, viva a espectabilidade! A gente espera, e pronto, concretiza-se.
Será que ninguém percebe que o maior, e único verdadeiramente importante, problema deste país é a educação? É por falta dela que nunca conseguimos converter a indústria, agricultura e pescas. E agora não basta vir o Cavaco, o grande responsável pela desindustrialização do país, dizer que temos de produzir mais.
Um país moderno e avançado tem de ser industrializado. Para haver indústria e inovação tem de haver universidades fortes e com massa crítica. Universidades fortes, num país pequeno como o nosso, só se conseguem com níveis muito elevados de educação da população, como no centro e norte da Europa.
Portanto esta notícia é absolutamente avassaladora. Numa altura em que devíamos estar a melhorar, pioramos. Limitamo-nos a prolongar, paulatinamente, esta idade das trevas perpétua em que nos encontramos.
Bem podem vir as troikas e o lilberalismo de mercado com as suas soluções milagrosas para o crescimento da economia; sem educação não vamos a lado nenhum.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Ensemble Tuva em Lisboa

Tuva é uma república russa ao sul da Sibéria fazendo fronteira com a Mongólia. A temperatura média, em Janeiro, é inferior a -30 ºC, subindo no verão a uns amenos +18ºC.
Talvez por culpa do seu isolamento, que faz com que as influências externas sejam quase nulas, os habitantes desta república desenvolveram um tipo de música único no mundo na qual sobressai a sua invulgar tradição vocal.
Para deleite deste vosso escriba, o Teatro Nacional de São Carlos resolveu trazer, na passada terça-feira ao Festival Ao Largo, que organiza anualmente, um grupo tradicional de Tuva.
Foi a segunda vez que vi semelhante coisa. A primeira, há muitos anos, quando a cantora Sainkho veio, com um outro grupo tradicional de Tuva, cantar no claustro do Mosteiro dos Jerónimos. A segunda foi esta, a do Festival ao Largo, onde fiz questão de chegar cedo para ficar num bom lugar.
O grupo actuou à hora marcada, pasme-se, perante uma plateia "à cunha", contrastando com a outra exibição que referi, que esteve quase vazia (suponho que porque este era de borla).
Foi uma hora de música fora do comum e, acima de tudo, de canto absolutamente extraordinário, em que os cantores vocalizam notas graves e conseguem fazer as cordas vocais emitir, ao mesmo tempo, um harmónico agudo que dir-se-ia ser tocado por uma flauta. Até custa a acreditar que aqueles sons sejam de uma única voz, humana.
Ora ouçam:




E aqui no canal oficial do festival pode ver-se como a música deles está intimamente ligada ao mundo que os rodeia.