quinta-feira, 10 de julho de 2008

Dia Zero, chegada a Roma.

Ainda fui trabalhar de manhã, na sexta-feira, o avião era às 18.55h, o que queria dizer que aterraria em Roma lá pelas 23.00h. Contando com uma hora para ir do Aeroporto à estação Termini, deveria chegar ao Hotel por volta da meia noite.

O primeiro choque foi verificar que no Aeroporto, apesar de Roma ser uma cidade imensamente turística, na banca de venda de bilhetes de comboio para a cidade estava um senhor que não falava qualquer palavra de inglês, não sei se de propósito, ou por falta de conhecimento. Saquei do meu melhor italiano e lá lhe pedi dois “bigletti” para Termini. 22 euros? Safa que é caro! Isto vai ser bonito.

E assim foi. Confesso que estava receoso, a chegar a Roma aquela hora à estação de comboios, a Santa Apolónia lá do sítio, com um quarto reservado na internet, havia muita probabilidade que alguma coisa corresse mal; ainda por cima com a fama de gatunagem que existe em Itália.

Ao chegarmos a Termini, eram 23.45h, fomos informados que o metro acabava às 11. Mas não nos deixámos abater, com uma mapa tirado do Google Maps, esse enorme contributo para o bem estar da humanidade, demos corda aos sapatos e pusemo-nos ao caminho. Em 10 minutos estávamos no hotel e, fora o mau aspecto geral, não houve sobressaltos.

O nosso primeiro contacto com Roma foi chocante, a cidade é suja, porca, cheia de beatas e lixo espalhado pelas ruas. Quem se queixa da sujidade de Lisboa devia dar uma voltinha em Roma, e já vinha de lá com outra ideia. Talvez por isso, nas carruagens do metro pode ver-se uma anúncio que passa constantemente nos ecrãs em que se escreve: “Roma não é porca, foi emporcalhada!”.

À chegada ao Hotel fomos saudados por um velhote, simpático, que nos pergunta se somos os senhores de Portugal. Respondemos que sim e ele conduz-nos ao nosso quarto, no primeiro andar, falando em surdina para não acordar os outros hóspedes.

O quarto era espartano, mas confortável. Tinha espaço para acomodar as duas malas que levávamos e a casa de banho parecia limpa, apesar da zona do chuveiro ter a sanita quase metida lá dentro; adivinhavam-se tempos difíceis no duche.

Felizmente havia ar condicionado (tinha sido um dos critérios de escolha de hotel) porque no quarto estavam uns bons 30º. Já agora, sabiam que em Itália o ar condicionado é cobrado à parte? Pois é, mas no nosso caso, estava incluído na factura.

Podia ser que no dia seguinte tudo parecesse melhor...

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