quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Francesices

Quando andava no liceu, já não me lembro se no oitavo, se no nono ano, fiz um teste de francês que continha um texto sobre um rapaz que tinha sido atropelado quando saiu do passeio. Ora, em Francês, passeio é “trottoir” e eu, na minha ignorância da língua de Victor Hugo, confundi “trottoir” com trotinete. Escusado será dizer que não percebi nada do texto em questão, e que fui premiado com a correspondente nota negativa. O problema, no entanto, é que na minha ingenuidade contei o feito quando cheguei a casa, tendo ficado conhecido desde então como um verdadeiro nabo na língua e, sempre que o assunto Francês vem à baila em família, sou brindado com preciosidades do género: “encore bien que je te trouve” (ainda bem que te encontro) ou “avec allors par ici” (com que então por aqui). Devo dizer que, apesar de não ser fluente, até me desenrasco bem, como aliás prova a minha recente viagem de formação a Tours.
Em Tours descobri outra dimensão para esta problemática; é que para além de quase ninguém falar Inglês, mesmo numa multinacional Americana como a em que trabalho, os que falam, esses sim, têm frases lapidares que mais parecem saídas do bloco de notas de Mourinho. Coisas do género: all right (tout droit – sempre em frente), ou, “ici c’est le Palais of la Justice”.
Agora já tenho alguma coisa com que argumentar quando houver tentações familiares de fazer pouco do meu francês.

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