sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Tron - O Legado 3D

Já sabia que ia ser uma banhada, estava suficientemente informado pela crítica e pela net, mas mesmo assim quis ver.
Eu explico: Vi o Tron (original) na minha meninice e o filme contribuiu decisivamente para o meu gosto pela informática. Saí do cinema a alimentar sonhos de ser programador informático de jogos e à conta dele passei dias da minha vida entretido com o meu velho ZX Spectrum. Como máquina de jogos e como campo de exploração de programação.
Portanto a minha ligação ao filme original é passional, e daí que tenha tido a "necessidade" de rever este universo.
Estava esperançado que o filme fosse um género de Avatar, uma história banal com efeitos estonteantes. Acertei na primeira parte.
Quanto à história revela uma desinspirante falta de imaginação, um pastiche onde, aqui e ali, se repetiam soluções para o argumento mais que vistas noutros filmes. Portanto o filme não é mais que uma longa sucessão de "deja-vu's".
O maior problema, no entanto, é que essa enorme falta de imaginação passa do argumento para a cinematografia. O 3D é praticamente ineficaz, os efeitos "giritos" mas pouco entusiasmantes e, pior que tudo, o grafismo é uma mera "limpeza" do grafismo do original. As mesmas naves, motas, carros, etc., abrilhantados com umas luzinhas.
Ia à espera de uma história fraca mas com efeitos visuais para marcar a próxima década. Enganei-me. Aliás, se isto é o legado do Tron, ando enganado há muito tempo.
A evitar.

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